As vezes queria ficar pequeno, bem pequenino, que coubesse debaixo do armário.
Daí lá de baixo bem escondido e encontrado, ver o mundo na sua magnitude e as pequenas coisinhas engrandecidas -nada como uma mudança no ponto de vista para colocar as coisas em perspectiva.
E, protegido de abraços, mentiras e beijos; escondido lá, meio homem, meio embrião, qualquer coisa de covarde, ensimesmado naquela velha metáfora de pequenitude, pensava que as vezes queria ficar pequeno.